segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Edimburgo: o Scott Monument

Edimburgo é a capital e segunda maior cidade da Escócia e uma das minhas cidades preferidas no mundo. Ela também é conhecida como Edinburgh em inglês (pronúncia-se Edimbrrrrrra, tremendo os erres, igual paulistano da Mooca... afinal, você está na Escócia) ou Dùn Èideann em gaélico escocês (não faço a menor ideia de como se fala isso).

Essa cidade é tudo de fofo e tem uma vibe deliciosa. Em Edimburgo eu esqueço que na Escócia faz frio, que venta pra caramba e que chove, ali eu sempre fico babando em tudo, igual criança. Enfim, a cidade é sensacional.

Lembro da primeira vez em que cheguei, saímos do aeroporto já devia ser uma 11:00 da noite, eu estava dirigindo, parei no albergue e meu fiel escudeiro e marido desceu com as malas do carro e eu fui estacionar. Só que a saída do estacionamento era pela Royal Mile (a rua principal do centro velho de Edimburgo) e eu tive que dar meia volta no quarteirão. E, nessa meia volta, eu passei por um casal se pegando bem forte no muro de um hotel e nisso sobe um outro rapaz cantando alto "All you need is love, tan, tan, nã, nã, nã"... eu tava pronta pra sair cantando e dançando Beatles madrugada a fora, como em um musical.

Edimbra é assim, mágica. E por isso ela vai merecer vários posts, vou contar um pouquinho por vez desse lugar sensacional. E decidi começar pelo meu lugar favorito, o lugar que toda vez eu passo pra olhar, que sempre que eu passo eu tiro uma foto. A minha Torre Eifel de Edimburgo: o Scott Monument.



Mas o que é o Scott Monument?

Se você assistiu Cloud Atlas, do irmãos Wachowski (com o Tom Hanks e a Halle Berry), você se lembra da cena em que o Frobisher e o Sixmisth se seguem no alto de uma torre ao nascer do sol? Esse é o Scott Monument. E ele é de tirar o fôlego.

Basicamente ele é uma torre de 62 metros construída em estilo gótico vitoriano para homenagear Sir. Walter Scott, um escritor escocês do Século XIX que fica muito famoso internacionalmente (Harry Potter ainda estava longe de acontecer naquela época e os países de língua inglesa eram considerados "internacionalmente"). Aliás, tem um estátua de mármore dele e do cachorro no pé do monumento, mas eu nunca tiro foto dela (ops!).

A torre é toda feita de um arenito comum na região que eles chamam de Binny, essa pedra é tão comum que você verá ao redor da cidade toda. Ela também calha de ser é extremamente porosa, por isso ela fica preta muito fácil. Ainda mais em um país que chove e no meio de um centro urbano. E é por isso que o Scott Monument é todo preto.

Um guia uma vez me disse que várias vezes já levantaram dinheiro para limpar o monumento e deixá-lo beginho, na cor original da pedra, mas a população de Edimburgo é contra e estudos revelam que isso poderia danificar a estrutura. Eles acham que a o preto combina com o estilo gótico da cidade e preferem deixá-lo assim. Eu admito que morro de vontade de ver como ele fica clarinho, mas...


Notem as várias cores quando a gente olha mais de perto na pedra... e a cabecinha da Gorda
(a.k.a minha irmã) no meio da grade do outro lado...
E que graça tem?

Além de ser lindo de olhar ele está localizado num lugar muito legal. Ele fica na esquininha do Princess Garden, que em si já merece uma visita. Ao lado dele também fica a Princess Street, a rua principal do centro novo de Edimburgo (que apesar de ter novo no nome, deve ser mais velho que o Brasil). Ao pé dele sempre tem alguém totalmente vestido num kilt de gala (se você quiser saber mais sobre kilts, pode ler tudo sobre eles aqui) tocando gaita de fole, para delírio dos turistas e completo desespero do meu marido.

Se tudo isso ainda não tiver te convencido a ir vê-lo, saiba que você ainda pode subir um a um todos os 287 degraus que separam o chão do alto da torre. São vários lances de uma escada em caracol que fica cada vez mais apertado e como o teto mais baixo e ainda é uma escada de mão dupla, pra quem desce e que sobe. Não, não quero te desanimar a subir, mas se você é cardíaco ou claustrofóbico, talvez deva ponderar esses detalhes. Mas, eles serão apenas detalhes quando você subir e vir a vista!


Vista do topo para o pé do monumento
Do alto você verá o Princess Garden aos seus pés, o Castelo de Edimburgo encarapitado no alto do seu sopé de pedras, o Arthur's Seat (uma generosa montanha) do outro lado, toda a cidade nova e toda a cidade velha. Vale cada um dos degraus que você subiu.


O Princess Garden, a Princess Street (a direita) e o Castelo de Edimburgo (ao fundo à esquerda)
E tem mais?

Algumas outras curiosidades sobre o local envolvem os personagens e livros do Walter Scott. O monumento fica localizado na esquina da Princess Street com a Waverley Street, Waverley é também é o nome da estação de trem (que fica ali do lado) e ainda é o nome de uma dos romances do autor.

Além da rua, da estação e do monumento em si, ainda existem 64 estátuas e carinhas que foram retiradas de personagens de livros do coleguinha.


Um dos personagens do Scott? Não tenho certeza, mas a estátua ao fundo com certeza é.
No meio de tudo isso eu só não entendo porque existe um monumento para Walter Scott e não existe um pro Robert Burns... mas vai ver é porque o Burns já tem um dia, então o outro ficou com o monumento. Enfim, sou a favor que construam outro pra que não role inveja.

E pra terminar, uma dica muito importante pra quem for subir, lá em cima venta. Venta como só se venta na Escócia. Então... "leva um casaquinho meu filho, parece que vai esfriar"! 


Em um dia de sol.
No meio da subida, Má e Gorda lado A...

... e Má e Gorda lado B (by Mr. Otto).

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Bonfire Night


Bonfire Night é o nome genérico para uma noite de celebração com fogos de artifício. Na grã-bretanha (se você quiser saber o que é a grã-bretanha, pode descobrir clicando aqui), em algumas partes da Irlanda do Norte, na África do Sul e em algumas províncias canadenses; a Bonfire Night é particularmente associada à celebração da prisão de Guy Fawkes em 5 de Novembro de 1605.

A festa lembra muito uma festa junina brasileira, mas com menos empolgação (hei, eles são gringos!). Todo mundo vai pra rua, a prefeitura organiza fogos de artificio  tem comida, um pouco de música e fogueira. Onde é que falta empolgação? Primeiro que não tem bebida (é proibido beber na rua na Escócia*) e em 5 de Novembro está um frio da p****, suficiente para você querer beber muito. Segundo que, assim que acabam os fogos, todo mundo vai pra casa.

Mas a festa é bem legal. Todo mundo vai pra rua bem encapotado e segurando uns foguinhos de mão, as crianças com alguma coisa super brilhante (porque é de noite), todos felizes e contentes, no frio, na chuva (demos sorte esse ano, nem choveu) e comemorando a monarquia (ou não). E começam os fogos...

Aqui em Aberdeen os fogos duraram 15 minutos e tava BEM lotado de gente. Foi um show pirotécnico lindo e eu me diverti bastante (eu tenho 5 anos e fico hipnotizada por fogos). Depois dos fogos todo mundo foi pra casa fugir do frio e nós viemos com alguns amigos beber um scotch e um vinho pra esquentar a alma. Imagino que Edimburgo e Londres deva ter sido ainda maior. Se você esteve em outro lugar e quiser contar como foi, comenta ai no final!

Mas afinal, quem foi o tal do Guy que foi preso em 5 de Novembro?

Remember, remember the 5th of November!


Se você já assistiu "V de Vingança" (V for Vendetta em inglês) você se lembra da famosa frase acima. Se não viu o filme, eu recomendo.

Guy Fawkes foi um cara assim, meio doidinho, que depois de ser militar por uns anos e estar meio triste porque ele era católico e o rei protestante, resolveu que ele ia explodir o Rei e o prédio do Parlamento Britânico (!!!), no que ficou conhecido como Gunpowder Plot. Só que o Guy acabou preso enquanto tomava conta da pólvora que havia sido plantada embaixo da House of Lordes e o plano foi por água a baixo.

Se você quiser saber mais sobre os fatos históricos pode dar uma lida aqui (em inglês), aqui ou aqui (em português).

E a Escócia celebra isso?


Até que se vote o contrário (em Agosto do ano que vem) a Escócia continua fazendo parte do Reino Unido. Então, por mais que eles tendam a reclamar (de serem britânicos, não da Bonfire Night), eles comemoram sim o dia 5. Me disseram que depois dos fogos eles se unem para comer um haggis (imagina uma buchada de bode, só que feita de ovelha e com aveia. Isso é haggis) e ler um Burns. Mas eu ainda não descobri a veracidade dos fatos.

Haviam sim algumas pessoas protestando, todas usando máscara do "V de Vingança", com cartazes a favor da separação da Escócia e contra um monte de coisas. Mas era um grupo relativamente 'muito pra lá de minúsculo' e eles eram muito bem educados, protestando sem nenhum tipo de agressão física e a polícia deixou eles lá com os cartazes deles. Mas o fato de eles estarem de máscara me fez pensar se não tem um 007 por aqui espionando a galera e reportando no número 10 da Downing Street.

De qualquer forma, a Betinha (Her Royal Highness the Queen Elizabeth the II) é descendente direta da Mary Queen of Scotts e, por isso, existem inúmeras vertentes que dizem que essa ideia de separação é só pro Mel Gibson vender filme. Mas isso fica pra uma próxima vez!

* Originalmente eu havia colocado que era proibido beber na rua no Reino Unido, a Nath já havia pesquisado melhor e me informou do assunto: a lei diz que pode beber em locais públicos, mas há restrições em prol da ordem e toda aquela coisa. Então não pode metrô, mas pode no parque pra fazer pique-nique. Aqui o pessoal sempre me disse que era proibido, então ela procurou mais ainda (uma nerd com TOC sempre acha a outra nerd com TOC! A gente se achou!) e por causa dos problemas com consumo de álcool na Escócia, aqui as leis são municipais, mas no geral pode beber (foi o que eu entendi, ou quis entender...), só que ninguém bebe e mais de uma vez vi a policia parando o pessoal com garrafa na rua. Enfim, pode ser informar melhor sobre isso aqui! Obrigada Nath! =)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Bruxelas - Parte 2

Depois de já ter contato sobre cerveja e Heysel na Parte 1 desse post, é hora de falar sobre o centro e, minha parte favorita, comida!

Um tour pelo centro de Bruxelas

Eu sou fã confessa e assumida de "free walking tour". Essa nova moda do turismo mundial me conquistou. O primeiro que fiz foi em Santiago (Chile) e de lá pra cá nunca fiz um free tour que me deixasse entediada, nunca me arrependi de fazê-lo e sempre dei o que podia ao final. Uma vez na Bolívia pagamos um fortuna num passeio de barco pelo lago Titicaca que foi uma porcaria, no "free walking tour" num tem essa.

Para que não conhece a moda o lance é assim: um monte de gente se reúne num lugar bem turístico e dali saem os tours. Na maioria dos lugares que eu fui eles disponibilizavam tours em inglês e espanhol. O tour é "gratuito", entre aspas porque é a base de gorjeta e gorjeta sugerida é 10 moedas (em caso de dólar, libra e euro) ou 10 dólares (em caso de qualquer outra moeda, principalmente as menos valorizadas que o dólar). No final do tour o guia vai parar num lugar lindo em que todos possam sentar e pedir gentilmente pela gorjeta. Só que se você não gostou pode simplesmente sair andando.

E é ai que acho que mora a magia no negócio. O cara só recebe ao final e pode receber pouco ou nada. Você pode abandonar o tour pela metade. Então os guias realmente se esforçam para fazer do passeio uma experiência relevante, divertida e prazerosa. 

Na Europa o Sandsman (eu adoro esse nome) é um dos maiores e mais conhecidos e está presente em 18 cidades e não me pagou nada pela propaganda. Ahahaha! É free... Mas existem outros milhões de free tours por ai e é só procurar o do lugar pra onde você vai antes de ir.

O tour de Bruxelas foi ótimo e muitas das coisas que vou contar e mostrar pra vocês eu aprendi lá ou vi enquanto andava.

Um pouco de História

Pra quem não sabe, a Bélgica um dia foi parte do Reino dos Países Baixos (a.k.a. Holanda) até 1830. Foi nesse ano que os Belgas saíram às ruas para protestar num quiproquó em envolve ópera, religião e monarquia (no caso a monarquia Alemã, a Francesa, a Holandesa e sei lá mais qual). E é por isso que na Bélgica falam-se oficialmente francês, alemão e holandês. Só que, eles não chamam o holandês de holandês (apesar de todo mundo que conhece o idioma dizer que é) eles chamam de Flemish, que é o Holandê bega. Sacou?

Quando eles decretaram a liberdade dos neerlandeses (eu acho esse nome hilário) os muito bonzinhos dos Belgas resolveram que teriam um rei mesmo assim e eles escolheram um rei, o Leopold I, que era Alemão (vai ver por isso a bandeira da Bélgica ser a bandeira da Alemanha deitada). Só que eles são bonzinhos, mas não são otários. Antes de colocar o Léozinho no poder eles criaram uma constituição super, mega neutra. Até hoje os reis da Bélgica juram seguir a constituição e se não jurarem não assumem o poder.

É essa postura de neutralidade que fez com que a Bélgica acabasse por ter inúmeros prédios da União Européia espalhados pela cidade. Afinal, a União Européia foi uma forma de interligar as economias europeias e torná-las dependentes a tal ponto que a terceira guerra mundial seria destrutiva pra todos e pra que isso desse certo eles precisavam de um país que não fosse ficar tomando partido pra colocar todos os políticos, né? Infelizmente eles não previram que isso também faria com que uma crise na Grécia prejudicasse tanto o continente todo... mas isso fica pra outro post.

Manneken Pis

Um belo dia, nos idos de 1618, alguém notou que Bruxelas precisava de uma fonte de água potável. E os belgas, dotados de um humor peculiar e sádico, resolveram que seria uma senhora piada que a fonte (em mil seiscentos e dezoito! Não agora...) fosse um menininho fazendo xixi.

E assim foi, estátua de bronze de uma menininho saradinho com o pipi de fora foi feita e colocada de fonte. 

Hoje o Manneken Pis (que de acordo com a wikipedia significa "pequeno homem que faz xixi" em Marols, um dialeto holandês de bruxelas) é um dos pontos turísticos mais lotados de Bruxelas. Impossível tirar uma foto com o rapazinho sem milhões de turistas junto a você.

E o tal do rapazote foi roubado algumas vezes. Uma delas pelos habitantes de Geraardsbergen que ficaram putos com a fama do garoto de Bruxelas quando o deles era mais antigo e menos famoso. A outra (pra mim a melhor de todos) por soldados franceses do exército de Napoleão. E a parte mais legal é que o tio Bonaparte devolveu o ícone da cidade a pedido dos belgas e ainda fez do carinha um Cavaleiro da Legião de Honra, com direito a guarda pessoal e tudo. E assim, todos os soldados franceses que por ali passavam, tinham que bater continência para o Manneken. O Napoleão tinha humor bem belga.

O garoto é tão famoso que a prefeitura de Bruxelas emprega um funcionário para criar e confeccionar roupas para ele e vesti-lo duas vezes na semana. É tradição que líderes de Estado em visita à Bélgica levem uma roupinha pra ele. Na Grand-Place tem um museu com todas as roupinhas. 

Manneken Pis (vestido de sei lá), Maíra,
Octaviano e 1 milhão e meio de turistas
Como ser turista em Bruxelas

Comece visitando a Grand-Place, coração do centro histórico de Bruxelas, é o local do antigo mercado de Bruxelas. Seus prédios foram bombardeados várias vezes até ela atingir a forma que tem hoje. É no seu centro que a cada 2 anos (em Agosto) um tapetes gigantes de begônias é feito com um tema eleito. É de babar pelas fotos da internet.

Ali também está um restaurante que há muito tempo atrás recebeu uns tais de Marx e Engels que escreveram um livro que ficou famoso e gerou muuuuuita polêmica em anos vindouros.

Aproveite toda a região, tem muita coisa ao redor: sorvete, chocolate, batata frita, feirinha, loja do Tintim, restaurantes, bares, Delirium, sebos, livrarias só de quadrinhos. Faça a festa.

Grand-place com o tapete
Fonte: Filothea Web Team
Dali vale a pena seguir até a catedral de Santa Gudula (também nunca tinha ouvido falar dela). Em estilo gótico a catedral é um espetáculo de luz por dentro e tem detalhes maravilhosos espalhados nos vitrais e paredes.

A fachada da Catedral
Se anime para a caminhada e vá até até o Parc de Bruxelles e o Parc du Cinquantenaire, aproveite para gringar na grama. Sente, descanse os pés acabados, faça um pic-nic se estiver sol. Eu adoro como os Europeus no geral valorizam o sol e os parques. É uma delícia tomar a fresca na grama, curtindo o ócio.


Parc de Bruxelles com a Julia
Parc de Bruxelles













Ao redor do Parc de Bruxelles você ainda vê o Palácio Real (o de mentira, já que eles vivem lá Heysel).

Dali, siga para a "praça dos museus" (nome informal, mas só tem museu) e se você gosta de Magritte vá ao museu dedicado inteiramente a ele. Se preferir música, vá ao museu de música. De qualquer forma, preste atenção à fachada do museu da música, ela é muito legal!
Museu da Música...
... agora com o sol atrapalhando!
Do museu da música você já vai conseguir ter uma das melhores vistas de Bruxelas, com o topo do Hotele de Ville (na Grand Place) aparecendo ao fundo. E bem na sua cara o mont des arts, que é um lugar lindinho de tudo (cuidado com pessoas pedindo assinaturas, elas falam que querem só a sua assinatura e depois te pedem uma doação).
A vista do Mont des Arts

Quadrinhos

Os Belgas levam esse lance de quadrinhos muito a sério. Sabiam que a Bélgica tem uma associação nacional de quadrinhos? Pois é, tem. E um belo dia um político estava andando pro Bruxelas e notou que aquele monte de outdores de propaganda não combinavam com o lindo centro histórico da cidade e criou uma lei que acabou com os outdores. Só que embaixo de alguns deles estavam paredes mal cuidadas de tijolos que passaram anos escondidas.

O que o pessoal fez? Ligou pra tal da associação e encomendaram um monte de quadrinhos para cobrir as paredes feiosas. Todos esses murais oficiais tem na parte de baixo uma placa com nome, ano, informações da obra e um mapa para os demais murais da "rota das tirinhas de Bruxelas". Não é legal?

Esse fica bem perto do Manneken Pis e
 dali você já consegue "pegar
o mapa" para procurar os demais.
No meio do reduto gay de Bruxelas esse mural
já deu o que falar... ai resolveram acabar
com a polêmica (do jeito errado) e colocaram
um brinco e uns peitinho para acabar
com as dúvidas da sexualidade do Broussaille
 
E se você gosta de quadrinhos e estiver em Bruxelas não pode deixar na passar na Tintim Boutique e se não estiver na Bélgica pode clicar em boutique (ali atrás) e comprar pelo site mesmo (novamente eu não estou ganhando nada com isso! Ehe). O lugar é cheio de brinquedos, itens de colecionador e, lógico, de livros do meu herói belga favorito: o Milú.

OBS - no quesito heróis belgas que existem de verdade, o meu favorito é o bisavô do Octaviano que lutou na guerra e até medalha recebeu. 

As delícias de um país creme de leite

Para fins meramente "mairísticos" eu dividi o continente Europeu em 3 facções culinárias: os países azeite de oliva, os países creme de leite e os países batata. Não entendeu? Explico. Os países azeite de oliva são aqueles cuja culinárias muito me apetece, tudo vem regado de azeite e muito bem temperado. Comida Italiana, Espanhola, Portuguesa... ai, deu água na boca só de pensar.

Os países creme de leite são aqueles de tradição culinária refinada e cheia de creme pra todos os lados, até o momento França e Bélgica. E os países batata... meu amigo, todo o norte da Europa é batata - Alemanha, Rússia, Ucrânia, Dinamarca, Suécia. Faz frio e ai os caras comem quantidades absurdas de batata (daí o nome), fritura, carnes cheias de gordura (eles conseguem fazer até filé de peixe ficar gordo), muita, muita manteiga e uns temperinhos meio blá. 

Deu pra notar que os países batata não são minha preferência, né? A Escócia é um país batata por essência. Como comem batata gi-zuis! 

Eu ainda não terminei de classificar todos os países, preciso conhecer melhor certos lugares. O meu pouco conhecimento de comida Suíça me deixa na dúvida entre batata e creme de leite. Conforme a teoria for se elaborando eu compartilho maiores informações com vocês.

Enfim, a Bélgica é um país creme de leite. Devido ao frio eles tem um pézinho na batata, mas é só um pézinho, nada grave. Então voltando a falar da culinária belga.

Especialidade: Batata Frita

Você foi à aula de inglês e te contaram que batata frita em inglês é 'french fries' e você, como eu e mais um monte de gente, caiu e achou que as nossas coleguinhas que caem bem com tudo eram francesas. Não são. 

Durante a segunda guerra os soldados americanos, com seu peculiar senso de geografia mundial, chegaram na região da Bélgica e comeram as batatas fritas e amaram. Eles precisavam nomear a recém descoberta iguaria e ai notaram que todo mundo falava francês e... voilà! Em prol dos coitados lembremos que a Europa estava em guerra e portanto fronteiras eram algo complexo.

Simplesmente qualquer barraca de batata na rua vende a melhor batatinha que você já comeu na vida. Esquece aquela idéia sobre uma certa rede de fast-food, nhá! Aquilo é que é batata, meus amores. Ela é frita duas vezes, a primeira em óleo morno para cozinhar a batata; a segunda em óleo fervendo para deixá-la crocante. E ela fica crocante, sequinha, divina!

Don Quixote, Sancho Panza, Octaviano
e o pacote de batatas na mão.
Notaram o semblante de felicidade?
Especialidade: Waffle

Primeiro peço desculpas pela ignorância, eu tenho certeza que isso tem nome em Português. Só não tenho idéia de qual seja. Ah... e peço desculpas de novo, mas eu ainda escrevo idéia com acento e é isso ai.

Enfim, waffle. Em 3 versões: massa neutra e polvilhada de açúcar, o Bruxeles cuja massa já doce e ele ainda vem polvilhado de açúcar e o turístico que consiste em qualquer uma das duas massas só que com frutas, sorvete, chantili e tudo que você puder sonhar em cima (menos doce de leite argentino, que eu devo dizer que achei que cairia bem).

Eu preferi o de Bruxelas só com açúcar. A olho-maior-que-a-barriga aqui pediu logo um de morango com chantili. Fica demais, muito doce e o troço vai desmanchando e você mal sente o sabor daquela massa sublime. Eu recomendo comer os dois e tirar suas próprias conclusões.

Essa iguaria é encontrada em qualquer barraquinha de rua. Ao lado do menininho do xixi de várias com preço razoável.

Para turistas... exagero em forma de waffle
O local, apenas polvilhado em açúcar
A Maíra se babando igual criança quando o
waffle ficou mole de tanto chantili e morango
Especialidade: Moules Frites

Em São Paulo a gente chama moules de marisco (ou pelo menos eu chamo), mas a gente também chama biscoito de bolacha, gostamos de mandioca... então pra evitar dúvidas eu vou chamar de marisco e vou colocar a foto! 

Mariscos cozidos acompanhados da tal da batata. Já vou dizer que a batata do restaurante num é nem de longe igual a batata das barraquinhas de batata. Infelizmente. Mas os mariscos são cozidos em vinho branco, cerveja, queijo belga... tem uma infinidade de opções. Demos um certo azar que não é época de marisco e eles estavam meio pequenos, mas ainda assim eu amei. Muito saborosos e sem aquele amarguinho que alguns deixam no final. Fora que combinam muito com cerveja.

O que fica difícil é indicar restaurantes, o guia disse que são todos bons e na mesma faixa de preço. Os restaurantes ficam todos um ao lado do outro e os garçons te atacam na rua pra você sentar e comer no deles. Eu digo olhe o que você vai mais com cara e se joga.

Uhn... o meu era com queijo roqueford o do Octaviano com cerveja
Eu disse que caia bem com cerveja.
Especialidade: Chocolate

Eu não vou falar nada não. Esse tipo de coisa dispensa comentários. É o melhor chocolate do mundo, PONTO! Não sei se são as leveduras, um tipo especial de cacau da Bahia, uma vaca geneticamente modificada.... tanto faz. O chocolate Belga é perfeito. 

E tem vários tipos, com quantos porcento de cacau você preferir.

É isso aí...

Antes de ir, eu pedi socorro no Facabook e, minha querida prima Marília (obrigada, Má) me recomendou - por recomendação de uma amiga dela (obrigada amiga), ficar em Saint-Gilles, Ixelles, Schaerbeek, 1000 Bruxelles. Repasso a dica, pois foi muito boa. E quanto mais perto da grand-place melhor.

Espero que tenha empolgado vocês a ir pra Bruxelas, amei a cidade recomendo muito dar uma esticadinha até lá se você estiver nas redondezas.

Bruxelas - Parte 1


Arte de rua genial em Bruxelas.
Quando a decisão de sair do Brasil se apresentou em nossas vidas rolaram várias brigas sobre qual deveria ser o destino. Octaviano é aficionado com a Austrália e eu queria vir pra Europa de qualquer jeito. Ele tentava (coitado) argumentar que a Austrália era perto da Ásia e eu olhava pra ele e dizia: "E qualquer país da Europa é perto de qualquer país de Europa". Acho que ele nunca chegou a entender completamente essa coisa que eu tenho com a Europa (e que não tenho com a Ásia). Nem eu consigo explicar na verdade, mas o fato é que esse continente me atrai, de Portugal à Rússia eu acho que não tem um país que eu diga "eu não quero te conhecer, país feio"!

Assim, mudamos pra Escócia com o objetivo de aproveitar os vôos baratos das piores empresas de aviação do mundo e nos jogarmos em doses homeopáticas pra desvendar os mistérios locais. E, por um enorme acaso do destino, começamos com a Bélgica. Pátria do avô do Octaviano e que por isso mesmo tem um gostinho especial conhecer.

Como causar no aeroporto

Viajar com os Buscapé-Colombrini-de Calais não seria viajar se não envolvesse mico, perrengue e gringuice. E a gente começou bem dessa vez. Já antes mesmo de embarcar.

Saímos de Aberdeen pra Edimburgo e passamos a noite por lá. Acordamos cedinho (3:30 da matina) e fomos pro aeroporto com folga pro embarque. E ai, quando a gente chegou lá, começou o ensaio do caos. A gente esqueceu de imprimir a passagem, o que seria normal se voássemos TAM, Gol, Azul... mas não, estávamos voando com a Ryanair, que é a pior melhor empresa de aviação do mundo. Melhor pois as tarifas são realmente baixas, pior porque... bom, tem muitos porquês. Porque eles cobram uma fortuna pra qualquer outra coisa, só permitem 1 único volume que deve ser levado na mão e pesar no máximo 10 kls, porque os aeroportos deles são todos pegadinha (tipo: Viracopos-São Paulo.... só tendo perdido o mapa e sendo burro pra cair que 1 hora de translado de carro faz o aeroporto ser naquela cidade) e por ai vai.

Pra imprimir a passagem no aeroporto teríamos que pagar mais que a passagem em si! Ahá! Só faltou o Sérgio Malandro sair de trás do balcão nessa hora e gritar 'Glu-glu'! 

Longa história resumida, depois de correr pelo aeroporto, usar 2 celulares, 1 computador, uma porcaria duma máquina (da IBM ironicamente) e ficarmos quase loucos; conseguimos embarcar em cima da hora. 

Mais Buscapé-Colombrini-de Calais que é Buscapé-Colombrini-de Calais tem que piorar tudo, né? Fui parada no Raio-X. Aparentemente - deve ser o narigão - eu tenho cara de terrorista e devo ter particularmente cara de quem pretende explodir uma aeronave com cosméticos. Doeu ver a mulher jogando meu demaquilante fora... e nisso foi também o micro shampoo, o micro condicionador, o micro desodorante e todos os micro potes que eu tinha comprado pra levar. Tudo isso pro Octaviano conseguir passar com uma garrafa de 600 ml de Coca Zero que eu tinha deixado na mochila dele e esquecido de tirar. É pra aprender a nunca mais reclamar dos policiais federais bonzinhos do Brasil!


Chegando em Bruxelas

Lembra que avisei do aeroporto pegadinha? Pois é, 1 horinha de ônibus de Charleroi até Bruxelas. Se 1 hora de ônibus é muito no Brasil, esse país de proporções continentais, imaginem na Bélgica, um país menor que o estado da Paraíba!!!!! Sem perrengue, saindo do aeroporto é só pegar um ônibus que deixa na estação de trem e de metrô em Bruxelas (o ônibus custa €$ 13,00 por pessoa e você já pode comprar a volta para evitar problemas).

Chegando em Bruxelas demos uma super caminhada até o hotel, largamos as malas e fomos conhecer a cidade e já fomos brindados com um clima sensacional: sol, calor, céu aberto! Ah, coisa linda de se ver! Ainda mais quando se vive na Escócia.

Atomium
Como no dia seguinte encontraríamos uma amiga Ucraniana, que já conhece Bruxelas, resolvemos começar pelo lugar mais distante e fomos direto para Heysel (que eu ainda não entendi se é a região ou só o nome da estação do metrô). É nessa área que ficam o Atomium, a Mini-Europa, o Palácio Real (onde família real realmente vive, não aberto para visitação), o Parc de Laeken, o monumento ao Leopoldo I e os Jardins du Fleuriste Stuyvenberg (que na minha opinião já vale a ida até Hayes e rendeu algumas das melhores fotos da viagem.

Monumento Leopold I
Parc de Laeken e o Atomium ao fundo
O Atomium é legal e vale a pena pagar pra subir. A vista é linda e pensar que aquilo tudo foi construído em 58 é bem louco. A mini-europa é... nhá! Eu acho que vale a pena com crianças, eu me diverti claro (tenho a alma de uma criança), mas teria passado sem. Piora um pouco o fato do lugar estar meio caidinho, algumas maquetes quebradas e tal.


Tradicionais fotos turísticas...
...em tamanhos reduzidos.
Já o tal do jardim com nome difícil, esse é sensacional. Recomendo muito. Ainda mais em um dia de sol, quando os gringos todos saem pra torar na grama.


Jardins du Fleuriste Stuyvenberg
Fleuriste Stuyvenberg

Comandante, capitão, tio, brother, camarada, chefia, amigão, desce mais uma rodadada.

Saindo de lá voltamos para o centro de Bruxelas, passeamos nas redondezas do hotel (ficava perto da sede da EU) e como já estávamos abalados pelo calor de 26oC (quando se vive a 10oC isso é realmente quente) e como já havíamos programado um tour pela manhã (no dia seguinte) resolvemos aproveitar uma das melhores especialidades Belgas: a cerveja!!!!

Aqui eu vou me dar o direito e fugir de restrições temporais e farei o resumo de 2 dias de cerveja.

Aparentemente, não é a água que faz a cerveja dos caras ser tão sensacional, e sim um tipo de levedura muito particular da região. E é por isso que quando você compra Leffe nacional no supermercado no Brasil ela nem de longe é tão gostosa quanto a Leffe importada que custa o olho da cara. São as leveduras erradas, carinha!

Eu não entendo de cerveja o quanto queria e depois da terceira eu já não ia lembrar de anotar nada mesmo, então eu não tenho um resumo do grau alcoólico, tipo e blá, blá, blá. Eu sei que tirei fotos com as garrafas das cervejas que gostei, só que agora não acho a foto da La Trappe, da Leffe... Acho que foi o efeito cerveja belga que me fez perder as fotos. (PS - qualquer uma dessas ai tem minha humilde recomendação e pra quem entende de cerveja eu vou chover no molhado).

Orval e Duvel
Chimay
Kasteel
Westmalle
Quem conseguir ler o nome ganha um beijo...
Chimay e Simone Larger
E se você gosta de cerveja, não pode deixar de ir ao Delirium. Reza a lenda (e o Guinness Book) que o local possui mais de 2500 cervejas. Então não deixe de ir. Quando estiver lá aproveite e faça a mesma descoberta genial que eu fiz.

Aparentemente os monges ficaram entediados de rezar e fazer cerveja trapista e resolveram fazer queijo trapista também. E é por isso que a Chimay e a Orval tem queijo meu amigo. E o tal do queijo é delicioso. O da Chimay (foto abaixo) tem a casca bem grossinha, amarela, por dentro é mais cremoso. Fica bem com pão, cerveja, puro, com geléia... me esbaldei.


E a gente continua ainda essa semana com o resto da perdição culinária Belga e o centro da cidade, que é genial!

Saia não, kilt!*



Brasil, lindo país tropical, cheio de mulatas prontas para sambar a cada esquina, prontas para o carnaval. Cercadas de malandros, alcoólatras, sambistas, que batem carteiras por hobbie, enquanto jaguatiricas atravessam a Paulista e pedestres transitam em cipós pendurados no prédios.

Pois é coleguinha, da mesma forma que não somos esse monte de clichê e merda, também não os são os escoceses. Então se você espera chegar aqui e ver um monte de ruivo vestindo kilts, tocando gaitas de fole e bebendo whisky 7 dias da semana, enquanto gritam "freeeeeeeeeedom", você vai se decepcionar muito.

Esclarecer toda uma cultura milenar em um post é impossível, ainda mais quando nem eu mesma terminei de compreendê-la. Então vamos começar pelo kilt. E não, eu não recomendo chamar de saia porque eles ficam ofendidos. A não ser, é claro, que você ache legal ofender os outros.

O kilt é uma vestimenta tradicional que tem um longa história, que pode ser lida em detalhes nos links ao final desse post, eu farei um super mega resumo. Então vamos lá: resumidamente, em algum momento entre os séculos 17 e 18 trabalhadores escoceses criaram uma roupa de lã que era quase uma túnica e que era útil porque durante a noite eles podiam desmontar a roupa e usar como cobertor no meio dessa friaca da porra.

A roupa foi evoluindo até se tornar uma saia devidamente plissada e começar a possuir tartans específicos. Só que o kilt acabou marcando o sistema de organização por clãs e quando os jacobinos e a guerra civil entre os clãs começou o kilt foi tomado como um símbolo do sistema de clãs e por isso o Rei George II cria um "dress act" em 1746 e bane o kilt - a não ser para os membros do exército.

Até que em um outro o George, o IV, vai vistiar a Escócia em 1822 e o pessoal quer receber o rei com pompa e cerimônia, mas sendo eles escoceses, aproveitaram pra dar uma cutucadinha e fizeram uma cerimônia toda Gaélica e re-inventaram o kilt. Georginho deve ter gostado, porque depois disso ele usa um kilt o que ajuda a popularizar a vestimenta e a torna um símbolo escocês (apesar de existirem kilts na Irlanda também!).

Tá bom de história, vamos continuar agora com o que é um kilt. O kilt em si é a "saia", mas na versão completa e formal ele vem acompanhado de várias outras coisas que são uma camisa (que é uma camisa de kilt, uma pouco diferente e sempre com abotuaduras), gravata, colete, jaqueta (váááááários modelos), uma meia que vai até o meio da perna, um sapato de amarrar cheio de frescura, uma adaga (que encaixa na meia) que se chama Sgian Dubhs, um broche que vai preso a saia, uma "bolsinha" chamada sporran presa a um cinto (cujo objetivo é pesar na saia e cobrir tudo lá embaixo quando a criança senta de perna aberta) e nenhuma cueca. Isso mesmo, nada de cueca em baixo do kilt - existem inúmeras fotos na internet para confirmar esse fato... vai lá no google, vai. 

E sobre a tal da faquinha, a Sgian Dubhs; diz um amigo meu que é a única situação em que o porte de uma arma branca não é considredo crime na Escócia. Mas eu não tenho fontes confiáveis para confirmar o tal fato.

Ahhh e claro, o tartan. O tartan nada mais é que uma estampa xadrez, mas ele é muito mais do que isso. No começo ele definia a região de que a pessoa era originária, cada região tinha o seu tartan característico. Mas após o lance do Rei George ele passou a ser específico por clã. Cada clã tem o seu tartan (ou tartans) que só pode ser usado pelos membros do clã, os demais usam tartan que não pertençam a clã nenhum. Entendeu?

Agora, o usos do kilt. O primeiro é pra tocar gaita de fole na rua e assim ganhar muito dinheiro de turistas idiotas, mas não nego que o charme da gaita de fole tocada de kilt é sensacional e até onde eu vi eles sempre que se apresentam formalmente tocando bag pipes estão devidamente vestidos com seus kilts e preferencialmente um chapéu estranho.


O segundo uso do kilt é para situações formais, em que ele é usado completinho, igual aos que aparecem nas fotos abaixo (demonstrados por 3 fantásticos exemplares da genética escocesa). Basicamente esse kilt é usado em situações em que se pode usar um smooking ou um fraque. Logo: casamentos, formaturas, bailes de debutantes, entrega do Oscar, etc.



Temos também a versão informal. Que nada mais é do que a parte principal do kilt, ou seja "a saia", sem todo o complemento, pode ir com camiseta, camisa e sandália, bota, camiseta de time, sem camisa e de havaianas. Esse ai é usado pra várias coisas: partidas de futebol, festivais de música, atos patrióticos, festas de ano novo na casa da Má...


O último uso é quando você é um membro da família real e te dá vontade de usar. Afinal, você é um membro da família real e, portanto, pode fazer tudo o que quiser. E ai você se pergunta: mas... ué? Os escoceses e o Mel Gibson não querem ser livres da Betinha? Esse lance de liberdade e independência é lance para todo um outro post, mas... não se esqueçam que o marido da Betinha - a.k.a. Her Majesty The Queen - é o Duke of Edimburgh (capital da Escócia), que na verdade é grego, filho de dinamarqueses, mas foi criado na Escócia, ou não!




Tudo que você nunca soube que queria saber sobre kilts: